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Janeiro 2023

Qual a diferença entre Joelho Varo e Valgo? Saiba que tem tratamento

A articulação do joelho é constituída por três ossos: o fêmur, a tíbia e a patela (ou rótula).

É uma complexa articulação em dobradiça formada por duas articulações: a articulação tíbio-femoral e a articulação patelo-femoral. A tíbio-femoral é a articulação entre a tíbia e o fêmur, enquanto a patelo-femoral é a articulação entre a patela e o fêmur.

Possui também ligamentos que estabilizam a articulação, auxiliados pelos meniscos, que estabilizam o joelho, amortecendo o impacto sobre as cartilagens.

A articulação do joelho é a maior do corpo e, provavelmente, a que está sob maior stresse. Desta forma, um joelho saudável é dado pela sua estabilidade e pelo bom alinhamento da articulação.

A maioria das pessoas têm os joelhos com alinhamento neutro, ou seja, nem valgo nem varo, isto porque, apesar do osso do fêmur e da tíbia possuírem um ângulo entre si, quando traçamos uma linha imaginária do centro da anca ao centro do tornozelo, esta transpõe normalmente o centro do joelho. Pequenas variações nesse alinhamento são comuns sendo que, joelhos com até 5 graus de desvio para dentro ou para fora ainda podem ser considerados com alinhamento neutro. Contudo, não é incomum variações desse alinhamento, como o joelho valgo ou varo. Esse tipo de alinhamento pode ser natural, e sem repercussões, ou ser consequência de alguma lesão ou patologia do joelho ou de outras estruturas.

O joelho valgo, também conhecido como joelho em X, trata-se de um desalinhamento em relação à linha central do membro, em que os joelhos estão para dentro. Nesse tipo de alinhamento, os joelhos estão mais próximos um do outro e os pés mais afastados.

O joelho varo, também conhecido como joelho arqueado, normalmente é genético e trata-se de um desvio da articulação para fora em relação à linha central do membro. Ou seja, os joelhos são mais afastados um do outro.

A identificação destes tipos de desalinhamento é normalmente realizada através da observação na posição em pé com os pés paralelos, observação da marcha ou através de exames complementares de diagnóstico de forma a confirmar o desalinhamento ou se há alguma outra lesão ou patologia associada.

Durante a infância, existe uma evolução natural do alinhamento dos joelhos. Em bebês, o alinhamento é varo, progredindo para um alinhamento em valgo, que é máximo por volta dos 3 anos de idade. A partir desse ponto, os joelhos alinham-se progressivamente, atingindo a sua disposição final, com alinhamento neutro, por volta dos 7 anos de idade. Caso não haja a correção inicial do joelho varo ou caso este se agrave, é indicado recorrer a um ortopedista, para que possíveis causas como raquitismo, doença de Blount e outras doenças relacionadas ao crescimento dos ossos sejam confirmadas ou descartadas.

Já em relação ao joelho valgo, caso a correção não se observe, pode favorecer a ocorrência de entorses, artrose, tendinite e bursite. No joelho valgo, poderá não ocorrer dor ou desconforto, embora possa aumentar o risco de artrose nessa articulação, luxação patelar, estiramento do ligamento colateral medial, diminuição da amplitude do movimento, alteração da forma de andar e dor na lombar, pés, tornozelos e anca.

O joelho valgo pode ter uma causa congênita ou ser adquirido. No caso do joelho valgo congênito, essa alteração ocorre como consequência do desenvolvimento ósseo do bebê. Já quando possui causa adquirida, o joelho valgo pode ser consequência de:

  • Malformação ou um incorreto desenvolvimento das pernas;
  • Rigidez no tornozelo causado por exemplo por uma entorse;
  • Exercícios executados de forma incorreta, como o agachamento;
  • Fatores genéticos;
  • Doenças em que a deficiência de vitaminas leva à fraqueza dos ossos.

A causa mais comum de joelho varo, é a pré-disposição genética, sendo que outras possíveis causas são:

  • Infeções ósseas;
  • Tumor ósseos;
  • Condições como raquitismo e acondroplasia;
  • Doença de Paget;
  • Doença de Blount;
  • Obesidade;
  • Intoxicação por chumbo ou flúor;
  • Frouxidão ligamentar;
  • Andar precoce.

Apesar de ser mais comum em crianças, o joelho varo pode ocorrer em adultos quando não houve tratamento na infância ou em casos de doenças articulares como osteoartrite, por exemplo. O tratamento é sempre dependente da causa e do grau de desalinhamento em ambos os tipos.

Em casos de défices nutricionais pode ser indicada a suplementação da vitamina que está em concentrações mais baixas no organismo. Em alguns casos, pode ser recomendada também a utilização de ortóteses no joelho com o objetivo de estimular o desenvolvimento da cartilagem e garantir maior mobilidade.

Em situações mais graves em que as curvaturas são muito acentuadas, causam dor e/ou dificuldades na marcha, o tratamento é invasivo, sendo necessário a realização de cirurgia de forma a alinhar a articulação ou retirar parte do osso.

A osteopatia tem como objetivo estabelecer a homeostasia do corpo, olhando para este como um todo. Há diversas alterações posturais resultantes de cadeias lesionais ascendentes ou descentes, podendo resultar em restrições em diversas regiões do corpo como por exemplo é o caso de uma entorse tibiotársica que poderá criar uma cadeia lesional ascendente e modificar a mobilidade do pé e consequentemente do restante membro inferior.

O osteopata intervém a nível das articulações do pé, joelhos, ancas e lombar associando o fortalecimento dos músculos de forma a melhorar a sintomatologia e/ou qualidade de vida do paciente. No caso de serem descartadas patologias ou lesões, a prática regular de exercício físico específico é benéfica, com o objetivo de manter a mobilidade das diversas articulações, fortalecer a musculatura adjacente e melhorar a função geral da articulação.

Nestes casos de desalinhamento, o mais importante é a prevenção da sua evolução, através do tratamento adequado e personalizado, controle do peso e exercício físico. Procure ajuda, marque já a sua Consulta de Osteopatia

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